segunda-feira, 31 de março de 2008

Domingo em Brasília


Não poderia deixar de publicar esta bela foto da nossa capital.

Pobrologia

Imperdível a leitura da reportagem da revista Veja desta semana Tratados de "pobrologia" http://veja.abril.com.br/020408/p_124.shtml
A reportagem retrata a obsessão de alguns de nossos cineastas de mostrar a pobreza, a melancolia.
Coloco um trecho para seu deleite:
" gênero tem suas regras. A primeira é a melancolia. Um bom filme sobre pobres precisa ser triste. Veja o caso de Sumidouro, de Cris Azzi, que mostra famílias desalojadas por causa da construção da barragem da Usina Hidrelétrica de Irapé, no Vale do Jequitinhonha. Muitos dos desalojados que aparecem ali gostaram da mudança – ganharam casa nova com energia elétrica e em frente a uma rua pavimentada. Mas o filme é triste, triste. Exibe uma estrada de terra durante 47 segundos, uma dona-de-casa andando pela rua em 75 segundos e ela mesma, logo depois, em irritantes 54 segundos."
Com certeza a tropa politicamente correta irá dizer que a reportagem é preconceituosa, que estão mostrando a realidade e que eu deveria criticá-la por ser "elitista"... Mas já aviso de antemão aos marxistas informatizados...Um dos documentários se dá em Cidade Tirfadentes, bairro em que um de meus primos tem um apartamento e que fica a 20 minutos da casa de meus pais...Essa não cola..rs

quinta-feira, 27 de março de 2008

Lula Homenageia Severino Cavalcanti

Vejam com seus próprios olhos:

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM808249-7823-LULA+FAZ+DEFESA+POLEMICA+DE+SEVERINO+CAVALCANTI,00.html

Com certeza os petistas vão entender. Deve ser culpa de FHC.
Abraços,
ALlan

PS: Tou orgulhoso da "elite" paulista e paranaense.

quarta-feira, 26 de março de 2008

O "consenso" contra as privatizações.

Ontem vi na TV reportagens sobre o Leilão da CESP - Companhia Energética de São Paulo. Uma delas chamou a atenção em especial, pois entrevistava pessoas nas ruas perguntando a opinião sobre o leilão fracassado. Todos os entrevistados se disseram contra a venda. Evidentemente que a "amostra" do entrevistador não tem validade estatística alguma, considero, inclusive, que é falho se fazer uma reportagem daquela forma. O irônico é que podemos brincar argumentando que até os compradores foram "contra" a venda..rs Afinal, se o patrimônio público estava sendo vendido a preço de banana, por que ninguém arrematou?
A campanha esquerdista contra as privatizações é antiga e muito anterior a 2006. Entretanto, é importante ressaltar que na última eleição presidencial, o debate em torno das privatizações foi muito fraco. O candidato do governo dando a entender que foram ruins que não teria privatizado e o da oposição dava impressão de querer se afastar dessa herança política e nem questionar sobre se o adversário é contra, porque não estatizar... É demais cobrar coerência no Brasil? Isso tudo em um ano que as vendas de celulares explodiam e ironicamente na propaganda do candidato governista isso era mostrado, e com razão, como um bom indicador.
A partir das privatizações a telefonia, isso sem citar outros casos como produção siderúrgica, o crescimento da Embraer, etc... se expandiu de forma antes inimaginável, quem viveu a época em que telefones eram alugados, isso mesmo caro leitor, fonte de renda e declarados no imposto de renda, sabe muito bem o que estou descrevendo. Entretanto, mesmo com o acesso ter se difundido de forma tão fantástica ainda vemos alguns baterem no peito e se dizerem contra as privatizações.
Voltando ao caso Cesp, não estudei o caso específico daquela companhia para ter uma opinião formada, entretanto, é de se estranhar que em um país que teve tantos avanços com a desestatização ainda existam aqueles que vejam este tipo de política com tanta desconfiança.
Indubitavelmente, a demagogia encontra terra fértil em nossas paisagens e ela tem ganho este debate....

Estado e Sociedade no combate a dengue.

Blog é algo bastante interessante... O texto que achei que iria levantar menos polêmica é o de maior número de comentários..rs
Antes de mais nada sugiro que leiam dois artigos em especial. Sociedade e Sistema Econômico e O Livro Proibido que são textos interessantíssimos para um bom debate.
Sobre a dengue, as minhas palavras foram apenas um desabafo, quanto a nossa reação frente a problemas. Estou levantando o papel da sociedade no combate não somente a dengue, mas a qualquer tipo de problema que requeira adesão.
Não tenho dúvidas, conforme muito bem levantado por alguns colegas em seus pertinentes comentários, que o Estado tem responsabilidade sobre o combate a dengue, isso pode ser visto no texto O Ministro e a dengue (leiam) em que ironizo as prioridades retóricas na área de saúde. É irônico em um sistema de saúde que não consegue combater doenças simples como a dengue, forçar o debate em torno do aborto, logo se infere que não culpo apenas a sociedade. As vezes penso que estamos na Suécia, será que não tem nada mais importante a "debater"?
Portanto, com certeza o poder público deve atuar na educação, no combate direto a dengue com os agentes de saúde etc, e no tratamento no caso de falha dos dois primeiros. Agora é triste pensar que tanta gente tá sofrendo por algo perfeitamente conhecido e evitável.
Para finalizar, conforme escrevi, reafirmo que a sociedade também tem sua parcela de culpa, afinal, se tem cidadãos que deixam água parada em suas casas, jogam lixo na ruas, dificultam que os agentes acessem suas residências, penso ser impossível um combate eficiente à doença...haja recursos públicos.. um fiscal para cada cidadão? Não queremos isso.
Agradeço muito os comentários! e estou à disposição aqui no blog e no email
sem br

terça-feira, 25 de março de 2008

Vigilância democrática

Amigos,
visitem o site do Vide - Vigilância Democrática. Tem artigos excelentes.
Leiam o manifesto que também é um belo texto.
Abraços,
ALlan

segunda-feira, 24 de março de 2008

A vitória do Mosquito

A imprensa tem divulgado diariamente as mortes decorrentes da dengue. Independente do mosquito ser federal, estadual ou municipal me entristece profundamente ver que nós como nação, não conseguimos vencer um mero inseto. Se fosse uma doença inevitável, seria compreensível, entretanto, se todos fiscalizarmos e impedirmos o acúmulo de água parada, muito sofrimento seria evitado, a dengue seria erradicada.
Se nossa sociedade não consegue vencer o Aedes imagine maiores desafios que temos e ainda virão.
Precisamos mudar muito nossa educação, e agora não me refiro a educação formal, pois do pós graduado ao analfabeto jogamos lixo no chão, ocorre bebedeira antes de dirigir, enfim, somos uma sociedade falida e deseducada. Estas palavras são fortes, mas tenho certeza que podemos mudar esta realidade, e sem dar nenhum tiro para subverter a ordem constitucional como os pseudo-revolucionários defendem, basta agirmos como um país de verdade.

sábado, 22 de março de 2008

Sociedade e Sistema econômico.

Como já mencionei em meu artigo O Livro Proibido tive aulas com muitos professores de esquerda, aliás, posso afirmar que é impossível se formar em qualquer curso de ciências humanas em universidades brasileiras sem ter uma dose cavalar de marxismo.
Uma das formas de legitimação da luta contra o capitalismo, é a noção de que este sistema econômico não possui ética, sua base está apenas na busca do lucro, seja na fabricação de medicamentos ou no narcotráfico, tudo dependeria apenas de uma variável: a taxa de retorno.
Seguindo esta linha de raciocínio ocorreria uma espécie de Adam Smith às avessas, todos os males da sociedade moderna seriam oriundos da busca incessante e amoral do lucro capitalista. Esta lógica levaria à mercantilização das relações humanas, logo, o individualismo exacerbado seria apenas uma das conseqüências da forma de produção desta sociedade, em última instância, como diria Marx, as formas de reprodução da sociedade determinam as formas de consciência.
Com a aura de cientificismo em que estas questão são lançadas, parece bastante coerente a tese, todavia se trata de mais um grande engodo dos adeptos da tal revolução. Revolução esta, diga-se de passagem, que só trouxe desastres à todas as nações que tiveram o desprazer de experimentá-la.
Indubitavelmente, o capitalismo é um sistema econômico que se guia pela lógica do lucro, entretanto, é a sociedade que determina os benefícios e os malefícios de nossa vida. Portanto, o capitalismo se apresenta de uma forma na França e de outra na Inglaterra, são sociedades distintas, com dinâmicas completamente diferentes.
Sem se desligar do descrito nas linhas acima, vamos trazer um pouco dessa divagação para algo concreto, nossa realidade. Em nosso país, basta rebolar bem e cantar alguns refrões repetitivos que caiam no "gosto popular" que é o suficiente para se atingir o sucesso, estar na televisão, dar autógrafos e muitas vezes ser entrevistado sobre assuntos que nada tem a ver com "sua arte". Sem dúvida o grau de declínio moral e intelectual de nossos dias é algo estarrecedor, sendo um excelente laboratório a céu aberto para que as teorias esquerdistas tomem força. Os mesmos esquerdistas que querem nos passar a imagem de que viver na favela é ótimo, mesmo sem nunca terem morado em uma, ou se um dia moraram, rapidamente se mudaram para a zonal sul.
O ponto que quero chegar é que qualquer sistema econômico se insere dentro de uma sociedade, se nossa sociedade tem seus valores corroídos, é desonestidade intectual atribuir suas mazelas a um sistema econômico. As tentativas de reforma social, implementadas pela totalitarismo socialista levaram milhões a morte e não trouxeram algo novo, a não ser a bancarrota econômica, não reinventaram o ser humano.
O papel da religião e seus valores são imprescindíveis para a coesão social. O cristianismo e sua pregação do bem comum, do respeito ao próximo, a preservação da família são o eixo que sempre nortearam a sociedade ocidental, por isso em um país em que o governador sai com prostitutas cai, em outro ele seria apenas um garanhão.
O ataque aos valores desta sociedade é que promove a desagregação social, e não o sistema econômico por si só. Não estou inventando nada aqui, basta ler um pouco sobre o conceito de hegemonia em Gramsci, para perceber a que estou me referindo.
Dentro do cenário exposto, o que mais me preocupa, é o petismo de batina. Esta "corrente" tenta introduzir Marx na igreja, que são como óleo e água, impossível se misturar, basta ver o caso Polonês para se constatar que a despeito da violência soviética, o totalitarismo foi fortemente derrotado. Neste último parágrafo escrevo explicitamente sobre esta penetração no catolicismo, sobretudo, por seu papel político na América Latina nas últimas décadas com a tal "teologia da libertação".
Para finalizar, o eixo da civilização judaico-cristã ocidental, são os valores da tolerância e do respeito que Cristo nos ensinou. Dentro desses valores o capitalismo floresceu e pôde encontrar sua melhor forma de desenvolvimento. Quebrando o eixo de nossa sociedade, ela desmonta e cada vez mais veremos a periferia ensinar algo ao centro, e não o centro se expandir e incorporar a periferia. A degradação da música e da cultura é apenas o começo.
Allan Cruz é economista.

O Ministro e a dengue

Enquanto o Ministro da Saúde queria discutir Teologia com Bento XVI, ou aborto com os católicos, a dengue proliferava no Rio de Janeiro.
Seus discursos com jargões do tipo "vamos abrir o debate" ou " É uma questão de saúde pública", alegravam às platéias de progressistas dos "movimentos" feministas ou da esquerda em geral (menos os petistas de batina é verdade) entretanto, o mosquito continuava seu "trabalho" no RJ.
Não dá pra negar que Temporão é bom de mídia, afinal o caos que a saúde pública vive, sobretudo no RJ e no Nordeste e ainda por cima ser bem visto pela grande imprensa é um feito e tanto.
Aliás, no governo do PT, não me lembro do nome de nenhum outro ministro, a não ser o atual, que sempre procurou polemizar e pousar de o moderno contra os defensores "atrasados" dos valores da vida.

domingo, 16 de março de 2008

Igreja e Aids

Acho interessante alguns "intelequituais" atacarem a igreja por não apoiar as campanhas em prol da camisinha.
Não tenho dúvidas que o estado deve sim informar as formas de prevenção, entretanto, é totalmente equivocado haver o incentivo ao sexo livre mesmo que se tenha camisinha. Cabe a cada um decidir com quem ter intimidades, mas é absurdo campanhas mostrarem pessoas no carnaval saindo com desconhecidos que ficam felizes por terem uma camisinha às mãos. Este tipo de campanha incentiva o sexo irresponsável que é o primeiro passo para o contato com o vírus, se a campanha ensina que se deve usar preservativo, que é correto, ela também "naturaliza" a putaria (desculpem o termo mas acho que cabe aqui).
Voltando às críticas a igreja, se o casal pratica o que a igreja prega, sexo monogâmico e fidelidade, com certeza a probabilidade de se adquirir aids transando com todo mundo, mas com camisinha é muito maior, até porque quem tá de cara cheia, drogado, ou mesmo em caso de falha do preservativo, é muito grande de se infectar. Imagine duas pessoas alucinadas parando e calmamente colocando o preservativo... Com certeza a eficiência não é de 100%.
Praticar o sexo irresponsável e atribuir culpa ao catolicismo chega a ser ridículo, afinal, ou se pratica a fé em sua integridade, ou em caso negativo, previna-se, ora bolas.

sábado, 8 de março de 2008

Vigilância Democrática

Amigos,

não deixem de ler os artigos do blog da Vigilância Democrática.
http://vide.blog.br/

Bom final de semana.
ALlan

domingo, 2 de março de 2008

Dívida externa e estabilização econômica.

Quem acompanha a política nacional sabe bem o debate acerca do endividamento externo travado no país desde a nossa independência.
A história econômica brasileira pode ser resumida em ciclos de endividamento e moratória convivendo concomitantemente, seja por perda nos termos de troca ou por outros choques exógenos como o do petróleo de 1973 e 1979, o choque de juros no governo Reagan, entre outros.
O choque de juros deflagrado pelo ex-presidente do Federal Reserve Paul Volker e a conseqüente crise do endividamento externo, no início dos anos oitenta, é o caso mais emblemático, pois foi tema constante nas campanhas eleitorais mesmo após o advento do Plano Brady lançado ao final dos anos oitenta que equacionou esta questão.
Durante as últimas semanas tem sido debatido constantemente o nível histórico de reservas que a economia brasileira atingiu tornando possível o “pagamento da dívida”. Evidentemente, não é o feito de apenas um governo e certamente está associado à estabilização econômica e a “nova cultura” de cumprimento dos contratos que se deu com o governo Fernando Henrique Cardoso.
A questão da dívida sempre foi uma fonte rica de discussões sobre as “perdas internacionais”, como Brizola falava sem nunca ter deixado claro o que seriam exatamente estas “perdas”, ou com o chamado “plebiscito da dívida” que teve apoio entusiasmado do PT no ano de 2000 conforme pode-se ver no link: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u34910.shtml . Este “plebiscito” teve um clima de clara oposição ao governo FHC. Não era difícil prever o resultado.
A questão da superação da dívida externa ilustra de forma cristalina o uso político que este tema teve por décadas e que tantos votos rendeu, com os defensores da moratória sendo vistos por muitos como verdadeiros nacionalistas contra a espoliação internacional. Ironicamente, essa posição externa confortável ocorre justamente durante a gestão do partido que apoiou o tal “plebiscito” sobre a dívida, que muitos políticos diziam ser “impagável”. Deve-se ressaltar a importância dessa prova material que o país tinha total condição de superar as crises externas com nossos próprios esforços, ao contrário do que dizia a propalada demagogia. É uma grande vitória contra o escapismo de se atribuir a fatores externos a causa de nossos problemas, e espero que a maturidade política se instale cada vez mais em nosso país até que tenhamos uma agenda pragmática e objetiva em que o populismo seja apenas mais uma página de nosso passado.

Palmeiras

Palmeiras um a zero. Viva o Palmeiras!
Não se escreve apenas de economia e política em um blog!

Entrevista de José Roberto Mendonça de Barros

Para quem gosta de economia e se interessa pela relação câmbio X mercado externo X crise americana X crescimento da Ásia, deve ler a entrevista que segue abaixo:

http://www.estadao.com.br/economia/not_eco133544,0.htm