domingo, 27 de abril de 2008

Virada Cultural

Coloco abaixo notícias em que "rappers" reclamam do esquema de segurança na Virada Cultural em São Paulo/SP: http://guia.folha.com.br/shows/ult10052u396179.shtml
A Virada Cultural são inúmeros shows bancados pela prefeitura de São Paulo. Não há como criticar esta iniciativa, afinal, a idéia de difundir a música e levar entretenimento às pessoas é algo bastante louvável, o triste é que em nossos tempos, por maior que seja o esquema de segurança, nunca se tem certeza se retornaremos às nossas casas sãos e salvos.
Após o desastre no show dos Racionais no ano passado, em que houve confronto entre a polícia e vândalos veja em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u135048.shtml e refresque sua memória, a prefeitura foi mais cuidadosa com a segurança no show. Claro que teve chiadeira... Coloco um trecho da reportagem:
"No final da apresentação, ele voltou a reforçar as críticas ao policiamento e à Prefeitura de São Paulo. "Eles têm medo de negão, da revolução. Eles querem zoar a gente, mas na época da eleição vão pedir o nosso voto." "
Desculpem minha ignorância mas que revolução é essa? Quer dizer que os contribuintes paulistanos, involuntariamente estão financiando um "revolucionário"? Afinal, quem paga o show é a população por intermédio dos impostos.
E que medo de "negão" é esse? Só tinham negros nas apresentações? Até quando vamos ter que aguentar estas babaquices? A polícia fazia a segurança de todos os cidadãos independente de cor ou outra coisa, e se saiu da linha, tenha pele clara ou amarela tem mesmo é que ir para a cadeia e ponto final, cor não culpa, mas também não absolve ninguém.
E até quando nossos "direitistas" vão ajudar a promover este tipo de artista que reclama até quando a prefeitura tenta manter a ordem pública? Sabe-se muito bem que muitas destas músicas, colocam claramente em suas letras uma certa, digamos, aversão a polícia. Devemos promover isso?
Quando este sujeito disse "eles querem zoar a gente" Quem são "eles"? Vamos nomear! que tal sermos objetivos?
Para finalizar, a prefeitura que promoveu este evento, ainda tem que aguentar o "na época da eleição vão pedir o nosso voto." " Estou enganado, ou alguém acha que o artista não está fazendo uma pitada de campanha para a oposição? Quero deixar claro, não tem que fazer campanha para ninguém! Ele tá lá para cantar! Ou foi lá fazer o que?

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Aniversário de BRASÍLIA


Milhares de pessoas na Esplanada

domingo, 13 de abril de 2008

Violência e Elitismo (nova versão)

Amigos,
publico um nova versão do artigo Violência e Elitismo com a grande ajuda da Ana Cristina em sua revisão. Segue abaixo:

Hoje conversei com uma senhora trabalhadora, honesta e de baixa renda, residente no Jardim Ingá, distrito de Luziânia/GO e trabalha em Brasília/DF. Para deslocar-se, se não houver congestionamento, encara uma hora e meia de ônibus lotado, muitas vezes vem em pé.

Contou-me, com certa tristeza que nenhum comércio próximo a casa dela vai pra frente. Os "malas", expressão bastante comum por aqui, roubam, depredam, ameaçam e o comerciante acaba desistindo. Ela acredita que ficou um pouco melhor com a força nacional de segurança, e que torce para que este cenário se modifique. Logo, pensei... e quando a força nacional for embora?

Com a nossa conversa, lembrei-me que num dia desses vi na TV um "jovem da periferia", o sujeito rotulava-se como “rapper” e falava que sua música retratava a periferia, os preconceitos e a opressão. Claro que tudo isso com aquela maneira peculiar de falar, permeada de gírias... Eu que fui criado na periferia de São Paulo, não me fiz de rogado e logo pensei: Por que este vagabundo não pára com este papo de opressão e vai trabalhar. Por que não vai estudar?

Os “intelectóides” adoram o discurso do “rapper”. Entretanto, a maioria esmagadora dos moradores dos subúrbios são como àquela senhora do Jardim Ingá não escutam rap ou funk, não se vestem como os moradores do Bronx e querem é tranqüilidade, chegar em casa com segurança, poder ter comércio nas proximidades, escola para os filhos, serviços públicos com qualidade, só isso. Não estão interessados em discursos de opressão, de apologia à malandragem, pois dedicam o seu tempo à manutenção de sua família e em construir uma vida melhor.

Pasmem senhores! A saída da pobreza é o esforço, não é fácil, não tenho dúvidas disso, vi meus pais em sua batalha diária, ambos migrantes de outros estados, minha mãe da região sul e meu pai do nordeste, com certeza não foram para São Paulo por causa das praias, este discursinho vagabundo serve apenas à demagogia.

A sociedade tem a obrigação de proteger os milhões de pessoas como a senhora do Jardim Ingá, aqueles são nossos heróis nacionais. São as pessoas que mostram diariamente que com os valores do trabalho e da honestidade que se constrói um país.

Ela é a minha heroína, deixo para os “progressistas” o Zé Pequeno.

sábado, 12 de abril de 2008

Frase da Noite

Início da madrugada e coloco um trecho de grande sabedoria:
"Socialismo religioso, socialismo católico são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista." (Sua Santidade, o Papa Pio XI. Encíclica Quadragesimo Anno, de 1º de maio de 1931)"
Quem estiver acostumado ao petismo de batina e misturar catolicismo com socialismo, achando que é intriga da direita, pode conferir diretamente na fonte:
Bom final de semana!
ALlan

domingo, 6 de abril de 2008

El País

Saiu uma reportagem apavorante no El País que diz que a máfia carcerária iniciada em SP, tentará se infiltrar no congresso financiando campanhas de candidatos. Quando não se enfrenta o crime de verdade é nisso que dá.
Até penso que as autoridade paulistas tem procurado combater este grupo, entretanto, se não mudarmos as leis, recrudescendo as penalidades (não somente as penas) para crime organizado, terrorismo e tudo o mais, estaremos a mercê deste tipo de coisa. O Regime disciplinar diferenciado teria que ser expandido, mas hoje as leis não permitem...Coitadinhos dos bandidos.
A delinqüência ideológica que está se apossando de nossa sociedade coloca um trade off, como se diz em economia, entre escolas e cadeias. Este argumento bárbaro diz que basta fazer novas escolas que cairia a violência. Mentira. Se fosse assim não existiria máfia japonesa, italiana e por aí vai. Quando o crime se "industrializa" isso só serve para o enfraquecimento do estado de direito.
Passou muito da hora de mudarmos nossa legislação, tomando como referência paises como EUA, em que bandido é tratado como bandido e fala com vidro na frente e telefone, quem assiste aos filmes americanos e viu Carandiru sabe bem a diferença. Evidente que temos que acabar com os depósitos de gente que são algumas de nossas cadeias, medida essa iniciada em SP, tanto que o próprio Carandiru foi demolido.
Segue a reportagem e que Deus proteja o Brasil.
http://www.elpais.com/articulo/internacional/mafia/carcelaria/PCC/intenta/infiltrar_se/Congresso/Brasil/elpepuint/20080402elpepuint_1/Tes

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Violência e elitismo

Hoje estava conversando com uma senhora trabalhadora, honesta e de baixa renda. Ela reside no Jardim Ingá distrito de Luziânia/GO e trabalha em Brasília/DF. Quando não pega trânsito encara uma hora e meia de ônibus lotado.
Ela me contou que nenhum comércio próximo a casa dela vai pra frente. Os "malas", expressão bastante comum por aqui, roubam, destroem, ameaçam e o comerciante acaba desistindo. Ela lamentava e dizia que agora estava um pouco melhor com a força nacional de segurança, e que torcia para que este cenário se modificasse. Logo, pensei... e quando a força nacional for embora?
Isso tudo me remeteu a outro dia na TV mostrando um "jovem da periferia", o sujeito se dizia rapper e falava que esta música retratava a periferia, os preconceitos e a opressão, claro que tudo isso com aquela maneira peculiar de falar, permeada de gírias. Eu que fui criado na periferia de São Paulo, não me fiz de rogado e logo pensei: Por que este vagabundo não pára com este papo de opressão e vai trabalhar. Por que não vai estudar?
Tenho certeza que os politicamente corretos se chocarão com as palavras deste texto. Alguns dos nascidos na classe média, conheci muitos pois consegui chegar a universidade graças ao esforço de meus pais e ao meu também, pensam que todo pobre escuta rap e se veste como os moradores do Bronx. Ledo engano meu caros, a maioria esmagadora do subúrbio é como aquela senhora do primeiro parágrafo, ela quer tranquilidade, quer saber que vai chegar em casa, quer poder ter comércio nas proximidades que possa empregar seus semelhantes, quer escola para os filhos, só isso. Ela não tá interessada em discurso de opressão, pois o tempo dela é dedicado a manutenção de sua família.
Pasmém senhores, a saída da pobreza é o esforço, não é fácil, não tenho dúvidas disso, vi meus pais em sua batalha diária, ambos migrantes de outros estados, minha mãe da região sul e meu pai do nordeste, com certeza não foram para São Paulo por causa das praias, este discursinho vagabundo serve apenas à demagogia.
A sociedade tem a obrigação de proteger os milhões de pessoas como aquela senhora do Jardim Ingá, aqueles são nossos heróis nacionais. São as pessoas que mostram diariamente que é com os valores do trabalho e da honestidade que se constrói um país.
Ela é a minha heroína, deixo para os progressistas o Zé Pequeno.

Que falta faz um Voltaire

O artigo do Reinaldo Azevedo publicado na revista Veja do final de semana passado é brilhante. Recomendo a leitura.
Quem é assinante pode ver em: http://veja.abril.com.br/020408/p_052.shtml
Seguem alguns trechos:
"Falei outro dia a estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Um deles, militante socialista, antiimperialista, favorável ao bem, ao justo e ao belo, um verdadeiro amigo do povo (por alguma razão, ele acha que eu não sou), tentou esfregar Rousseau (1712-1778) na minha cara como exemplo de filósofo preocupado com o bem-estar do homem. "Justo esse suíço que não cuidava nem dos próprios filhos, entregando-os todos a asilos de crianças?", pensei. O sujeito amava demais a humanidade para alimentar as suas crias. "O que será que alguns mestres andam dizendo nas escolas?"
"O socialismo acabou, sim. Então vamos lá: "Abaixo o socialismo!". Porque ele sobreviveu nas mentalidades e ainda oprime o cérebro dos vivos com o peso de seus milhões de mortos. O século passado viu nascer e morrer esse delírio totalitário. Seu marco anterior importante é a Revolução Francesa, mas sua consolidação se deu com a Revolução Russa de 1917, que ousou manipular a história como ciência da iluminação. A liberdade encontrou a sua tradução nos campos de trabalhos forçados, com a população de prisioneiros controlada por uma caderneta ensebada que o ditador soviético Josef Stalin (1879-1953) levava no bolso. A igualdade mostrou-se na face cinzenta da casta dos privilegiados do regime. A fraternidade converteu os homens em funcionários do partido prontos a delatar os "inimigos do estado e do povo". A utopia humanista vivida como pesadelo impôs-se pelo horror econômico e acabou derrotada pelo inimigo contra o qual se organizou: o mercado. Mas, curiosamente, sobreviveu como um alucinógeno cultural."