domingo, 13 de abril de 2008

Violência e Elitismo (nova versão)

Amigos,
publico um nova versão do artigo Violência e Elitismo com a grande ajuda da Ana Cristina em sua revisão. Segue abaixo:

Hoje conversei com uma senhora trabalhadora, honesta e de baixa renda, residente no Jardim Ingá, distrito de Luziânia/GO e trabalha em Brasília/DF. Para deslocar-se, se não houver congestionamento, encara uma hora e meia de ônibus lotado, muitas vezes vem em pé.

Contou-me, com certa tristeza que nenhum comércio próximo a casa dela vai pra frente. Os "malas", expressão bastante comum por aqui, roubam, depredam, ameaçam e o comerciante acaba desistindo. Ela acredita que ficou um pouco melhor com a força nacional de segurança, e que torce para que este cenário se modifique. Logo, pensei... e quando a força nacional for embora?

Com a nossa conversa, lembrei-me que num dia desses vi na TV um "jovem da periferia", o sujeito rotulava-se como “rapper” e falava que sua música retratava a periferia, os preconceitos e a opressão. Claro que tudo isso com aquela maneira peculiar de falar, permeada de gírias... Eu que fui criado na periferia de São Paulo, não me fiz de rogado e logo pensei: Por que este vagabundo não pára com este papo de opressão e vai trabalhar. Por que não vai estudar?

Os “intelectóides” adoram o discurso do “rapper”. Entretanto, a maioria esmagadora dos moradores dos subúrbios são como àquela senhora do Jardim Ingá não escutam rap ou funk, não se vestem como os moradores do Bronx e querem é tranqüilidade, chegar em casa com segurança, poder ter comércio nas proximidades, escola para os filhos, serviços públicos com qualidade, só isso. Não estão interessados em discursos de opressão, de apologia à malandragem, pois dedicam o seu tempo à manutenção de sua família e em construir uma vida melhor.

Pasmem senhores! A saída da pobreza é o esforço, não é fácil, não tenho dúvidas disso, vi meus pais em sua batalha diária, ambos migrantes de outros estados, minha mãe da região sul e meu pai do nordeste, com certeza não foram para São Paulo por causa das praias, este discursinho vagabundo serve apenas à demagogia.

A sociedade tem a obrigação de proteger os milhões de pessoas como a senhora do Jardim Ingá, aqueles são nossos heróis nacionais. São as pessoas que mostram diariamente que com os valores do trabalho e da honestidade que se constrói um país.

Ela é a minha heroína, deixo para os “progressistas” o Zé Pequeno.

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá! Moro aqui pertinho da tal senhora, em Santa Maria e sei bem do que estás a falar, já que aqui não é tão diferente do Jardim Ingá! *olha o eco* =D
E aqui há muito mais do que rappers. Há uma grande maioria que, como você escreveu, quer trabalhar e ter o mínimo de condições de vida: segurança p/ se abrir um comércio, saúde, transporte, escola etc.

Ouvi você falando sobre seu Blog no programa do Olavo. Parabéns pelo Blog.

Quem diria que um "favelado" da Santa Maria/DF ouve todos as semanas Olavo de Carvalho??!!
Tá aí um exemplo!

Até mais!

ALlan disse...

Olá amigo, vc tem email?
me escreva allanrc@yahoo.com
sem br.
abraços,
ALlan