quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O Computador ajuda no aprendizado?

Não sou “educador” mas fui estudante e trabalhei na área de Educação.Chamou-me muito a atenção o estudo realizado por pesquisadores da UNICAMP disponível no link (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302007000400003&lng=en&nrm=iso&tlng=ptt) que analisa se o computador auxilia ou atrapalha no aprendizado.
Não tem como um blogueiro esconder que aprecia bastante a utilização de computadores e vê o advento da internet como algo fantástico seja para entretenimento ou como ferramenta para adquirir novos conhecimentos. No entanto, quanto à educação sou bastante conservador e penso que nada substitui, bons livros e bons professores.
Na universidade cursei algumas disciplinas em que utilizávamos computadores e invariavelmente durante este tipo de aula a turma se dispersava. O computador tem tantas ferramentas que fica difícil dedicar atenção exclusiva ao professor.
Quando trabalhei na área eram freqüentes as divergências com alguns colegas que imaginavam alguma forma revolucionária de educação. Durante a minha formação na escola pública, sempre ironizei brincava que qualquer experimento pedagógico sempre seria feito em escolas públicas, como um laboratório sociológico (ou pedagógico). Quanto a experimento, leia-se novas formas ou formas alternativas de pedagogia e ensino. Em escola de rico, ou melhor, em boas escolas o que funciona é livro e professor.
Convivi com “adeptos” da procura constante por “alternativas”, defensores ardorosos de métodos pedagógicos não-tradicionais, mas que matriculavam seus filhos em colégios tradicionais, a velha e boa educação bancária! Vi até autoentitulado ateu e progressista matricular filho em colégio tradicional católico, isso mesmo caro leitor, colégio conservador. Devo registrar que entendo que era uma decisão acertada, apesar de completamente incoerente com o discurso. Em suma, o progressismo é bom apenas para os filhos dos outros.
Outra versão desta linha de pensamento eram pessoas que tiveram o privilégio de ter estudado em bons colégios defendendo a balela de que o indivíduo deve aprender de acordo com sua realidade, que a educação do campo deve ser apenas para o garoto do campo e por ai vai. Nada contra ter algo de grande relevância local, agora matemática, química, física e português deve ser universal em nosso país. Esta alternativa “revolucionária”, de esquerda ou progressista tem apenas um resultado: o menino do campo vai ficar eternamente lá e o da favela eternamente no gueto.
Para finalizar, não quero deixar a impressão que todos que trabalham com educação são progressistas, na definição de progressismo que se pode inferir destes escritos. O Brasil tem profissionais de grande capacidade e que seu trabalho contribui para a melhoria da educação em nosso país, entretanto, não se pode negar que o progressismo continua bastante ativo.

OBS: tenho observado que este blog tem tido visitas, mas poucos recados. Por favor, quem nos visitar, por favor deixem um recadinho para este humilde blogueiro. É desestimulante pensar que se está pregando ao deserto...rs

Um comentário:

Daniel Souza disse...

Olá Allan,

Bom dia!

Eu tenho lido.

Fica aqui o post para massagear o seu ego! rsrsrs

Abraço,

Daniel