segunda-feira, 10 de maio de 2010

Artigos do Bresser sobre o Euro

Tem dois artigos muito interessantes do Bresser que vale a pena conferir:

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi1005201003.htm

http://www.eagora.org.br/arquivo/a-crise-estrutural-do-euro-e-a-alemanha-29-03-20/

Como eu já disse a Grécia será um saco sem fundo, como era a Argentina e terá que sair do Euro, assim como a argentina saiu de seu currency board. O Euro é a moeda fixa da Grécia.

sábado, 8 de maio de 2010

Krugman concorda comigo.

O Nobel de Economia Paul Krugman concorda comigo. Será que ele lê esse blog? hehe

http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2897956.xml&template=3898.dwt&edition=14645&section=1033

09 de maio de 2010 | N° 16330AlertaVoltar para a edição de hoje

ARTIGO

UM DINHEIRO MUITO DISTANTE

Então, seria a Grécia o próximo Lehman Brothers? Não. Ela não é grande ou interconectada o suficiente para causar o congelamento dos mercados como em 2008. O que quer seja a causa do breve desmaio de mil pontos no Dow Jones não foram os atuais eventos da Europa.

Você também não deve levar a sério analistas afirmando que estamos vendo o começo de uma corrida contra todas as dívidas do governo. Os custos com empréstimos nos Estados Unidos na verdade afundaram, na quinta-feira passada, aos menores níveis em meses. E, enquanto os preocupados avisavam que a Grã-Bretanha poderia ser a próxima Grécia, as taxas britânicas também caíram levemente.

Essas são as boas notícias. A má notícia é que os problemas da Grécia são mais profundos do que os líderes europeus estão dispostos a reconhecer, mesmo agora – e os problemas são compartilhados, em grau menor, por outros países da região. Muitos observadores esperam que a tragédia grega acabe em inadimplência. Eu estou cada vez mais convencido que eles são otimistas demais, que a inadimplência será acompanhada ou seguida pela partida da zona do euro.

De certo modo, isto é a crônica de uma crise anunciada. Lembro de ter debochado, quando o Tratado de Maastricht foi assinado, colocando a Europa no caminho para o euro, que eles haviam escolhido a cidade holandesa errada para a cerimônia. Ela deveria ter tomado lugar em Arnhem, local da infame Ponte Longe Demais, em que, na II Guerra Mundial, um plano de batalha excessivamente ambicioso dos aliados acabou em desastre.

O problema, tão óbvio em consideração ao que é agora, é que falta à Europa alguns dos atributos chaves para o sucesso em uma área de moeda comum. Além disso, falta um governo centralizado.

Considere a comparação frequente entre a Grécia e o Estado da Califórnia. Ambos estão em profundos problemas fiscais, ambos têm um histórico de irresponsabilidade fiscal. E o impasse político na Califórnia é, na verdade, pior – afinal, apesar das demonstrações, o parlamento grego aprovou medidas de severa austeridade.

Mas os infortúnios fiscais da Califórnia não importam tanto, mesmo a seus próprios residentes, quanto os da Grécia. Por quê? Porque muito do dinheiro gasto na Califórnia vem de Washington, não de Sacramento. O financiamento do Estado pode ser cortado, mas reembolsos do Medicare, cheques da Previdência Social e pagamentos a fornecedores militares continuarão entrando.

O que isto quer dizer, entre outras coisas, é que os problemas fiscais não impedirão o Estado de compartilhar de uma mais vasta recuperação econômica dos EUA. Os cortes orçamentários na Grécia, por outro lado, exercerão forte efeito depressor em uma já deprimida economia.

Então seria uma reestruturação de dívida – termo polido para uma inadimplência parcial – a resposta? Não ajudaria tanto quanto as pessoas imaginam, pois pagamentos de juro são apenas parte do déficit orçamentário da Grécia. Mesmo se parasse completamente de pagar sua dívida, o governo grego não liberaria dinheiro suficiente para evitar ferozes cortes no orçamento.

A única coisa que poderia realmente reduzir a dor dos gregos seria uma recuperação econômica, que geraria maior receita, reduzindo a necessidade de corte nos gastos, e criaria empregos. Se a Grécia tivesse moeda própria, poderia tentar engendrar tal recuperação por desvalorizar esta moeda, aumentando sua competitividade nas exportações. Mas a Grécia usa o euro.

Então, como isto acaba? Pela lógica, vejo três maneiras para a Grécia continuar na zona do euro. Primeiro, os trabalhadores poderiam alcançar a redenção pelo sofrimento, aceitando grandes cortes salariais que fariam a Grécia competitiva o suficiente para criar empregos. Segundo, o Banco Central Europeu poderia engajar-se em uma política de comprar muitos títulos de dívidas do governo e aceitar – na verdade, dando as boas-vindas – a inflação resultante. Isso faria o ajuste na Grécia e em outras nações da zona do euro muito mais fácil. Ou, terceiro, Berlim poderia tornar-se para Atenas o que Washington é para Sacramento – isto é, governos europeus fiscalmente fortes poderiam oferecer a seus vizinhos mais fracos suficiente auxílio para fazer da crise algo suportável.

O problema, claro, é que nenhuma dessas alternativas parece politicamente plausível. O que sobra parece impensável: a Grécia deixar o euro. Quando você descarta todo o resto, é o que fica.

Caso isso aconteça, se desenrolará mais ou menos como a Argentina em 2001, que tinha um supostamente permanente e inquebrável peso fixo em relação ao dólar. Acabar com essa relação era considerado impensável pelas mesmas razões que deixar o euro parece impossível: mesmo sugerir a possibilidade significaria correr risco de incapacitantes fugas de capital nos bancos. Mas isso aconteceu mesmo assim, e o governo argentino impôs restrições emergenciais aos saques. Isso deixou a porta aberta para a desvalorização, e a Argentina eventualmente acabou passando por aquela porta.

Se algo assim acontecer na Grécia, uma onda de choque se propagará pela Europa, possivelmente engatilhando crises em outros países. A não ser que os líderes europeus possam e queiram agir de forma mais ousada do que já vimos até agora, é para onde a situação se encaminha.

Tradução: Fernanda Grabauska

PAUL KRUGMAN

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Crise do Euro

Vou deixar alguns comentários sobre a crise do Euro.

Uma variável fundamental de ajuste na Economia é o câmbio. Apesar do estado não conseguir determinar exatamente a taxa de câmbio real(aquela que leva em relação os preços relativos), com o controle da moeda o estado pode fazer desvalorizações ou valorizações de acordo com seus objetivos de política econômica.
teoricamente mesmo em regime de câmbio fixo o governo pode fazer com que o ajuste ocorra via política fiscal, ou seja, queda ou elevação dos preços relativos, deflação ou inflação, mas isso demanda esforços irreais como ocorreu na economia Argentina.
O governo grego não tem controle sobre sua moeda. Sua frágil economia tem a mesma moeda que a economia Alemã, portanto, ela não consegue desvalorizar sua moeda em relação a seus principais parceiros comerciais afinal todos usam a mesma moeda.
Em suma, o ajuste grego é abissal e sinceramente acho que será um saco sem fundo a ajuda financeira.
Podem me considerar pessimista mas acho que só resta a Grécia continuar na UE mas fora da zona do Euro.

Crise do Euro

Boa Tarde,
bem interessante a matéria da Veja sobre o Euro.

http://veja.abril.com.br/noticia/economia/crise-grega-coloca-duvida-propria-sobrevivencia-euro-556401.shtml?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

sábado, 1 de maio de 2010

Keynes X Hayek

Esse vídeo é de uma criatividade muito acima da média. se eu fosse professor certamente o apresentaria a meus alunos. Como não sou apresento aos amigos rsrs
Muito bom mesmo!
A proposta dele é que Keynes e Hayek voltam a vida para uma batalha épica

http://www.youtube.com/watch?v=O5jeXrKvJXU&feature=player_embedded